MOSTEIRO DA LUZ: um dos mais antigos e conservados edifícios coloniais de São Paulo.
O Mosteiro da Luz foi construído através da ideia da Irmã Helena Maria do Espirito Santo do Antigo Convento de Santa Tereza, em torno de 1772. A Irmã afirmava ter visões de Jesus pedindo a construção de um lugar propicio para o recolhimento e união da fé. Frei Galvão, o qual teria sido seu confessor, confirmou em discussões com sacerdotes que a Irmã de fato tinha visões. Em 1774 existia nos “Campos do Guaré”, atual bairro da Luz, uma capela em homenagem a Nossa Senhora da Luz, construída por Domingos Luís, O Carvoeiro em 1603. Morgado de Mateus já tinha conhecimento desta capela, pois quando chegou a São Paulo em 1765 a encontrou totalmente abandonada e ordenou seu restauro, bem como a construção de algumas casas ao seu redor para a celebração da festa de Nossa Senhora dos Prazeres. Para a fundação do Recolhimento, doou o terreno através de uma Carta de Sesmaria.
Uma lei do Marquês de Pombal proibiu a abertura de qualquer tipo de convento ou mosteiro. Então Frei Galvão encaminhou as freiras para que ocupassem as casas em torno da capela, não oficializando o local como religioso, mas sim como um recolhimento onde morava um grupo de senhoras que desejavam viver sob os conselhos evangélicos. Essas casas foram ocupadas em 2 de fevereiro de 1774 sob o nome de Recolhimento de Nossa Senhora da Conceição da Divina Providência.
Pouco tempo depois Frei Galvão decidiu providenciar uma nova construção, pois a capela ameaçava ruir e as casas estavam inabitáveis. Projetou um novo edifício. Durante sua construção, além dos taipeiros e dos escravos emprestados pelas famílias das freiras, pôs mãos à obra e convidou as irmãs para que fizessem o mesmo.
Em 25 de março de 1788, as religiosas se transferiram para o novo prédio. Porém foram mais d 14 para que a igreja fosse terminada. Durante a construção, Frei Galvão viajava para arrecadar fundos e continuar a construção de forma ágil. Padre Alberto Ortmann dizia que o Convento da Luz é obra exclusiva do Frei Galvão pois foi o único diretor da construção e acompanhou de perto todo o processo, auxiliando com suas próprias mãos a construção. Após sua morte em 1822, os sucessores não concluíram o plano original que contava com duas torres devido ao risco deixado por ele na parede do Mosteiro Luz.
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